23 de dezembro de 2011

Alcione - Sabiá Marrom




Ando ouvindo muito Alcione, baxei o CD O Samba Raro de Alcione - Sabiá Marrom. (no site dela dá pra ouvir todos os cds de sua carreira!!) www.alcioneamarrom.com.br
A escorpiana nasceu em Maranhão em 1947, aprendeu instrumentos de sopro e outros desde cedo pois seu pai era músico da banda Policial de São Luiz.

Alcione Marron, já foi casada três vezes sem nunca ter tido filhos, nos dias atuais está separada, mas o amor dos sobrinhos e de todos os fãs já completa todo esse amor.
Quanto ao casemento ela diz: “Não desaconselho, mas para mim chega. Namorar é melhor”, garante ela, que está sem um par fixo há cinco anos. “Mas não perdi a disposição para beijar na boca. Aliás, tenho beijado muito, afinal faz um bem danado à pele”.

Fica aí de presente de Natal as 4 músicas selecionadas!
E vcs o que andam ouvindo?
bjs


O Sabiá Marrom

Sabiá marrom by Alcione on Grooveshark

Planos de Papel (Raul Seixas)

Planos de papel by Alcione on Grooveshark


Tem Dendê (Reginaldo Bessa e Nei Lopes)

Tem dendê by Alcione on Grooveshark


O Sonho Acabou (Gilberto Gil)

O sonho acabou by Alcione on Grooveshark

30 de outubro de 2011

100 anos



29 de outubro:

seria aniversário de NELSON CAVAQUINHO.

uma lembrancinha...

25 de agosto de 2011

E o Gonzaguinha?

Não sabia muito sobre ele, mas hoje resolvi arriscar o disco Raizes do Samba, me deparei com uma mistura de Milton Nascimento com Chico Buarque. As letras são bastante politizadas... o balanço então nem se fala, ve que ceis acham dele:



Eis Gonzaguinha carioca, filho adotivo do pernambucano Luiz Gonzaga o rei do baião.
Morreu aos 45 anos de acidente de carro em 91.

26 de julho de 2011

Tá bom Amy eu te entendo

Ardido! Apimentado! estava ouvindo muito Jair Rodriugues e sua companheira, mas mais atenção na voz quebradinha de Jair... de repente, não mais que de repente, morre Amy Winehouse, me fortaleceu a imagem da Elis, a droga, a fama, o medo, o prazer. Quanta confusão, que grande ilusão é essa vida. Forte ou fraca as duas foram simplesmente eternizadas por soltarem a voz.


22 de maio de 2011

A ordem é samba!

depois do encontro no escritório na quinta...

vamos com esse do Jackson. Lá vou eu!


8 de maio de 2011

Vamo voltando minha gente? Vou amar o Chico pra sempre mesmo, mas retomando os outros compositores pensei em vários mas ando meio caidinha por uma figurinha paraibana... É o Jackson!!!!!



Ele nasceu lá em Alagoa Grande em 1919. Saracoteou por alguns ritmos (Era chamado o Rei do Ritmo!) entre eles o samba, o côco, o baião, o forró, o xote, entre outros. José Gomes Filho ganhou seu primeiro pandeiro de sua mãe. Gostava de filmes de bang-bang americanos e daí veio "Jack" de seu nome.    
Seus maiores sucessos são "Chiclete com Banana" e "O canto da Ema".

Hoje eu achei esse:

Capoeira mata um

Zum Zum Zum
Zum Zum Zum
Capoeira mata um
Zum Zum Zum
Zum Zum Zum
Capoeira mata um


Samba que balança é bom
Samba que balança não cai
O meu samba tem que ser no tom
A pedido de meu pai


Salve a Bahia io io
Salve a Bahia ia ia
Quem não sabe jogar capoeira
Berimbau vai lhe ensinar

Valha-me Deus o Senhor São Bento
Buraco velho tem cobra dentro
Valha-me Deus o Senhor São Bento  
Buraco velho tem cobra dentro


27 de março de 2011

As (mais de) 10 mais do Chico!

Fui tentando selecionar algumas músicas do Chico pra fazer parte do repertório fixo (!) do Desafina.
Mas são tantas...
Consegui elencar as 10 mais e de lambuja mais umas 3, pro nosso deleite!
Lá vão:

Samba e amor

Essa moça 

Estação Derradeira

O meu guri

Samba do grande amor

Vai passar

Partido alto

Apesar de você

Sem compromisso

Ela desatinou

E as outras mais:

Injuriado
Deixa a menina
Chão de Esmeraldas


agora é só ensaiar! :)

23 de março de 2011

Quelé, sabedoria e humildade

Sabedoria para mim vem recheada de humildade. Senão, não é sabedoria. O que me encanta em Clementina é isso.

Nascida na comunidade do Carambita, bairro da periferia de Valença, no sul do Rio de Janeiro em 1901, filha de uma mãe descendente direta de escravos, aprendeu logo cedo a cantar corimas, jongos, lundus e modas. Era comum o canto durante o trabalho diário das mulheres negras.

E como toda mulher negra desta época, Clementina era pobre e precisava trabalhar para sobreviver. Foi empregada doméstica, lavadeira e passadeira durante 20 anos.

"Todo mundo na casa onde eu trabalhava, gostava de me ouvir cantar, menos a patroa. Dizia que eu tinha uma voz irritante, parecendo miado de gato" Sim, a voz de Clementina era anasalada, rouca e...única. Disse Paulinho da Viola "Tudo o que se fala de Clementina de Jesus não tem a dimensão da presença dela. Ouvi-la cantando, sentada, com o seu vestido de renda, era algo absolutamente fascinante, difícil de transmitir, de traduzir em palavras."

Quem "descobriu" Clementina de Jesus foi o compositor e poeta Hermínio Bello de Carvalho em 1963, que a levou para participar do show "Rosa de Ouro". Já com 62 anos, descobriu uma nova forma de viver, sem deixar a ternura e a simplicidade de lado. Uma pessoa capaz de parar um programa de televisão ao vivo para conversar com a moça do cafezinho.

Clementina de Jesus tem muito o que ensinar. E vem nos dizer que fazer samba não é apenas cantar, tornar-se famoso, virar o top nas paradas de sucesso. Mas é acima de tudo, ser brasileiro e ter a sabedoria da humildade.

20 de março de 2011

Cidade Turiassu - Maranhão

HISTÓRIA DA CIDADE
A origem de Turiaçu remonta ao século XVII, mas foi somente no século seguinte, mais precisamente em 1754, que ocorreu sua elevação à condição de ” lugar” , quando passou a ter Juiz Vintenário. A primeira povoação, com nome de São Francisco Xavier do Turiaçu e por onde passou o então governador e capitão-general do Maranhão, Gonçalo Pereira lobato e Souza, foi atacada pelos índios, que destruíram as edificações existentes e mataram quase todos os habitantes. Os sobreviventes do massacre desceram o rio Turiaçu até a costa e, em uma ilha, assentaram nova povoação. Não demorou muito para que esta também fosse abandonada, desta vez por causa de epidemia de varíola que fez muitas vítimas. A atual cidade de Turiaçu foi antigamente uma fazenda de propriedade do português José Antônio Fernandes. Sua elevação à categoria de vila e sede de município, depois de ter passado longos anos sob a jurisdição do Pará, deu-se no ano de 1833, ocorrendo a instalação a 13 de fevereiro de 1834. pela lei Nº 897, de 11 de julho de 1870, Turiaçu foi elevada à categoria de cidade.

Gentílico
Turiense
Significado do Nome


Devido ao rio Turiaçu 
Aniversário da Cidade

11 de Julho


hspace=0 CARACTERÍSTICAS  
Clima 
Litoraneo

Temperatura Média
26º C 


Localização
Oeste Maranhense 
Limites
Turilândia
Acesso Rodoviário

Distâncias
152 km da Capital

2012

gentes, vamos começar a pensar nas composições??? achei isso hoje:

Nome:RUA TURIASSU
Distrito:PERDIZES
Histórico:Uma das primeiras ruas a serem abertas no então "Campos das Perdizes", ela recebeu inicialmente o o nome de "Rua das Perdizes" e começava na atual Rua Cardoso de Almeida (antiga "Rua Thabor"). Com este nome, Rua das Perdizes, a atual Turiassu aparece representada num mapa de 1896. No ano seguinte, ela já era denominada como "Rua Turyassu", grafia que aparece no Mapa da Cidade de 1897. Naquela época, ela começava na "Rua Thabor" e terminava poucos metros além da atual Rua Minerva. A denominação "Turiassu", utilizada desde finais do século XIX, seguiu o tema topônimos indígenas, que foi aplicado em alguns logradouros do bairro como as ruas "Traipu" (cidade de Alagoas) e "Itapicuru" (rio da Bahia). Nesse sentido, Turiassu é uma homenagem à cidade de mesmo nome localizada no Estado do Maranhão. Na língua Tupi, "Turiassu" significa "facho grande", tocha, fogueira ou farol, numa alteração do original "tory-assu". A respeito da grafia correta (Turiaçu ou Turiassu), existem divergências. O autor Luiz Caldas Tibiriçá na sua obra "Dicionário de Topônimos Brasileiros de Origem Tupi" (S.P., Traço Editora, 1997) aponta a grafia Turiaçu como a correta mas, diz que o termo do Tupi antigo, do século XVIII, tory-assu. Já o professor Francisco da Silveira Bueno em seu livro "Vocabulário Tupi-Guarani Português" (S.P., Éfeta Editora, 1998), adota a grafaia Turiassu. Em São Paulo, e desde a primeira legislação que oficializou esta rua (Resolução nº 257 de 1923), a grafia adotada foi Turiassu.

16 de março de 2011

Olhem essa letra...

Minha honestidade vale ouro - de Nelson cavaquinho e Guilherme de Brito

Meu coração é terra que ninguém passeia
Tu és igual a quem traiu Jesus na ceia
Minha honestidade vale ouro
Foi Deus quem me deu este tesouro
Sou companheiro
Não mereço ser trocado por dinheiro

O remorso algum dia vem te procurar
Serei teu amigo, hei de te perdoar
Tu nunca soubeste ser bom companheiro
És como Judas
Que trocou Cristo
Por trinta dinheiros.

27 de fevereiro de 2011

Indicações de Filmes de Samba

Desafinados,

Ontem encontrei um amigo, Pedro Dantas, que me entregou o catálogo do Festival de Cinema da Zona Leste. O festival dedicou alguns filmes da mostra ao samba ("Samba na Tela"). Aproveitei para compartilhar com vocês. Postei prévias ou quase o filme todo nas páginas dos compositores, se quiserem dar uma olhadinha...Viva o cinema e o samba!

* Batatinha Poeta do Samba
Um filme de Marcelo Rabelo
(Bahia, Brasil, 2008, 30')
Veja o trailer em Batatinha

* Geraldo Filme
Um filme de Carlos Cortez
(São Paulo, Brasil, 1998, 52')
Veja histórias contadas por ele em Geraldo Filme.

* Martinho da Vila Paris 1977
Um filme de Ari Cândido
(Rio de Janeiro, Brasil e Paris, França, 1977, 8')
Veja filme em Martinho da Vila

* Coruja
Um filme de Márcia Derraik e Simplício Neto
(Rio de Janeiro, Brasil, 2001, 15')
Veja trecho em Bezerra da Silva

* Partido Alto
Um filme de Leon Hirszman
(Rio de Janeiro, Brasil, 1982, 22')
Veja filme em Partido Alto

Partido Alto

Partido Alto
Um filme de Leon Hirszman
(Rio de Janeiro, Brasil, 1982, 22')



Coruja

Coruja
Um filme de Márcia Derraik e Simplício Neto
(Rio de Janeiro, Brasil, 2001, 15')

Trecho:

Martinho da Vila Paris 1977

Martinho da Vila Paris 1977
Um filme de Ari Cândido
(Rio de Janeiro, Brasil e Paris, França, 1977, 8')

Histórias de Geraldo Filme

Indicação de filme:
Geraldo Filme
Um filme de Carlos Cortez
(São Paulo, Brasil, 1998, 52')

Programa Ensaio - Geraldo Filme, contando história:

Trailer de Batatinha Poeta do Samba

Batatinha Poeta do Samba
Um filme de Marcelo Rabelo
(Bahia, Brasil, 2008, 30')

Veja o trailer:


Conheça mais sobre Batatinha:

18 de fevereiro de 2011

Samba Enredo

Com muito CARNAVAL na cabeça não podia deixar de fuçar samba enredo do Paulinho da Viola, achei o Memória de um Sargento de Milícias, marcante pois a Portela ganhou o Carnaval de 1966 com ele.

Martinho da Vila, que você ouve aí, gravou Memória de um Sargento de Milícias, que levou também o nome do disco em 1971. Eu procurei os créditos, mas não achei o disco que só tem em vinil, mas acho que é o Paulinho e os Quatro Crioulos no coro, não é?

O samba enredo tem 45 versos e recebeu nota máxima dos jurados!
A ala das compositoras tem a moral? rs rs...


16 de fevereiro de 2011

Marchinhas 2011

Gente sem muito luxo nem critéio vai, é só pra nóis decorar a melodia,...afinal nóis desafina mas anima!
A idéia é a gente cantar três nossas e mais três conhecidas, agente pode escolher na quinta!


DESAFINA MEU BEM


Se você desafina ao cantar
se você canta ao desafinar

Refrão 2x
 
Desafina meu bem, mas anima e vem
no carnaval noís desafina aqui também


Nasceu na Turiassú
com capoeira e samba de roda
lá no bar do Cabelo
somos os filhos de Angola

Refrão 2x

Afinando o passo
a letra e o compasso
sem descuidar da melodia
somos o bloco da alegria

__________________________________________________________________


BRANQUINHA
 
Refrão 2x

Ai, ai ai ai
Tô passando mal
não encontrei a branquinha
no dia do carnaval

CADÊ A BRANQUINHA (TÚ, TÚ TÚ TÚ TÚ)
CADÊ A BRANQUINHA (TÚ, TÚ TÚ TÚ TÚ)

Eu pedi um copo
mas o jeito é sai no bloco
enquanto a branquinha não vem
eu vou sambando com meu bem
ai ai ai

__________________________________________________________________


DA VÉIA
 
Refrão 2x
Eu precisava de um surdo pra tocar
peguei a véia e pus no seu lugar

A véia queria ver novela
mas resolveu acende uma vela
Pediu ao santo pro pandeiro se calar
e a santidade começo samba
Refrão 2x
A véia se animou
as cadeira chacoalhou
E arrumou um grande amooooor

13 de fevereiro de 2011

Para que os dias sejam melhores

Segundo Wernec, essa música só pôde ser gravada com a substituição do termo "titica" por "coisica" e "brasileiro" por "batuqueiro". Nesse episódio, um censor com ar britânico e o último best seller de Mario Puzo na mão, puxou a orelha de Chico: "Como é que você, que fez uma música bonita como CONSTRUÇÂO,  agora vem com esta falando em titica e saco cheio?" 

Essa música de Chico Buarque, gravada em 1972, e imortalizada no show/disco que “Caetano & Chico - juntos e ao vivo”, gravado no Teatro Castro Alves, em 10 e 11 de novembro de 1972.





Partido Alto

Diz que deu
Diz que dá
Diz que Deus dará
não vou duvidar, ó nega
E se Deus não dá
Como é que vai ficar, ó nega
Deus dará, Deus dará
Diz que deu diz que dá
Diz que Deus dará
Não vou duvidar, ó nega
E se Deus negar
Eu vou me indignar e chega
Deus dará Deus dará
Diz que Deus
Diz que dá
Diz que Deus dará
Não vou duvidar, ó nega
E se Deus negar
Eu vou me indignar e chega
Deus dará, Deus dará
Diz que Deus dará
Não vou duvidar, oh nega
E se Deus negar
eu vou me indignar e chega
Deus dará, Deus dará
Deus é um cara gozador
Adora brincadeira
Pois pra me jogar no mundo
Tinha o mundo inteiro
Mas achou muito engraçado me botar cabreiro
Na barriga da Miséria
nasci brasileiro
Eu sou do Rio de Janeiro
Diz que deu
Diz que dá
Diz que Deus dará
E se Deus não dá, ó nega
Como é que vai ficar, ó nega
Deus dará, Deus dará
Diz que Deus
Diz que dá
Diz que Deus dará
Não vou duvidar, ó nega
E se Deus negar
Eu vou me indignar, e chega
Deus dará, Deus dará
Jesus Cristo ainda me paga, um dia ainda explica
Como é que pôs no mundo essa pouca titica
Vou correr o mundo afora, dar uma canjica
Que é pra ver se alguem se amarra ao ronco da cuica
E aquele abraço pra quem fica
Diz que Deus
Diz que dá
Diz que Deus dará
E se Deus não dá, ó nega
Como é que vai ficar, ó nega
Deus dará, Deus dará
Diz que Deus
Diz que dá
Diz que Deus dará
Não vou duvidar, ó nega
E se Deus negar
Eu vou me indignar. e chega
Deus dará, Deus dará
Deus me deu mão de veludo,pra fazer carícia
Deus me deu muita saudade e muita preguiça
Deus me deu perna comprida e muita malícia
Pra correr atrás de bola e fugir da polícia
Um dia ainda sou noticia
Diz que Deus
Diz que dá
Diz que Deus dará
Não vou duvidar, ó nega
E se Deus não dá
Como é que vai ficar, ó nega
Deus dará, Deus dará
Diz que Deus
Diz que dá
Diz que Deus dará
Não vou duvidar, ó nega
E se Deus negar
Eu vou me indignar, e chegar
Deus dará, Deus dará
Deus me fez um cara fraco, desdentado e feio
Pele e osso simplesmente, quase sem recheio
Mas se alguém me desafia e bota a mãe no meio
Dou pernada três por quatro, e nem me despenteio
que eu já tô de saco cheio.





9 de fevereiro de 2011

Curiosidades. Sobre Noel Rosa.

Esta é uma história contada por Nássara, caricaturista com um traço inconfundível, e compositor de várias músicas, entre elas, a famosa marchinha Ala-la-ôôÔ, Mas que calôôôô, que foi contemporâneo e amigo de Noel Rosa e que, como o poeta da Vila, estaria fazendo 100 anos por agora.

Conta Nássara, que encontrando Noel, às 9 horas da manhã, em um buteco da Vila Isabel, com uma cerveja, (copo e garrafa), e na mesma mesa um copo de conhaque, admirou-se, pelo fato de Noel estar bebendo, apenas um dia após ter recebido alta de um sanatório, onde tratava de uma crise aguda de tuberculose. Nássara, não se contendo, passa-lhe uma compostura, ao que Noel rebate, dizendo que cerveja nunca foi bebida alcoólica. Trata-se de um alimento preciosíssimo, com carboidratos, cereais, etc, e que os egípcios já a chamavam de "Pão Líquido". E por aí a fora, Noel fez apologia da importância da cerveja como alimento durante mais de 15 minutos.Nássara, já convencido, pergunta a Noel: - Tá bom, Noel....a cerveja é um alimento...Mas, e esse conhaque aí do lado??Noel, pega o copo de brandy, levanta até a altura dos olhos e responde:- Ahh! Nássara, eu não sei comer sem beber alguma coisa..!!!.

8 de fevereiro de 2011

O primeiro samba

Considerado o primeiro samba brasileiro...Observem o Chico Buarque, que alegria! Parece nóis começando, hehehe...

2 de fevereiro de 2011

Rainha do Mar


A paixão de Caymmi pelo mar é evidente. Muitas de suas canções são dedicadas a ele. E como não podia deixar de ser, nosso cancionista fez algumas músicas à Iemanjá. E para abençoar o dia, aí vai nossa (minha e de Caymmi, hehe) homenagem a nossa Rainha do Mar.

Ps. O vídeo não tem nada demais, o que vale mesmo é ouvir Dorival...




"Dia dois de fevereiro
Dia de festa no mar
Eu quero ser o primeiro
A saudar Iemanjá
Dia dois de fevereiro
Dia de festa no mar
Eu quero ser o primeiro
A saudar Iemanjá
Escrevi um bilhete a ela
Pedindo pra ela me ajudar
Ela então me respondeu
Que eu tivesse paciência de esperar
O presente que eu mandei pra ela
De cravos e rosas vingou
Chegou, chegou, chegou
Afinal que o dia dela chegou
Chegou, chegou, chegou
Afinal que o dia dela chegou"

1 de fevereiro de 2011

O Samba

Olha a academia subindo o morro aí gente! Ou será o morro chegando à academia???
Sei não, mas achei esse trabalho, bem legal, com algumas informações sobre Samba e Capoeira. Vou dividir aqui.  

"Como sabemos, as tradições herdadas do continente africano influenciam boa parte de
nossas manifestações populares. Esse é o caso do samba, cujo paralelo com a capoeira revela serem ambas, duas das mais significativas manifestações das formas populares de
aprendizagem da cultura.
O samba é uma manifestação afro-brasileira das mais importantes, considerado inclusive por muitos, como símbolo maior de nossa cultura, e que, ao lado da capoeira, dizem de um campo de tradição e de saber.
Gênero de música urbana, o samba surge e fixa-se, segundo José Ramos Tinhorão (1997), num espaço de 60 anos que vai de 1870 (quando a decadência do café no Vale do Paraíba começa a liberar mão de obra escrava destinada a engrossar as camadas populares do Rio de Janeiro) até 1930 (quando uma classe média urbana gerada pelo processo de industrialização anuncia a sua presença com o Estado Novo). O que havia até então, era a música operística da elite, que eventualmente cultivava a valsa e a modinha, além dos “...gêneros estrangeiros das polcas, shotishes e quadrilhas, importados para o uso das camadas médias e ‘populares’, e, finalmente, o batuque, de sabor africano, exclusivo de negros que formavam o grosso da camada mais baixa, mas aos quais não se podia chamar de povo”(p.17).
O samba nasce, segundo Tinhorão, como necessidade dos ranchos, blocos e cordões, grupamentos que começavam a aparecer quando o carnaval ganhou um sentido de diversão coletiva em razão do processo de urbanização crescente da cidade do Rio de Janeiro. Fazia-se necessário um ritmo próprio, mais adequado ao “...passo lento e cadenciado das procissões desvairadas desses grupamentos”(p.18).
Muitos desses grupos foram fundados, segundo o autor, por negros baianos de Salvador
e do Recôncavo, que migravam para o sudeste em busca de trabalho, e traziam consigo, na bagagem, toda a cultura rítmica e melódica que se fazia presente naquelas regiões, influência das diversas manifestações afro-brasileiras que se amalgamavam no grande caldeirão cultural representado pela Bahia durante esse período, como também em períodos anteriores e posteriores."

Fonte: Pedro Rodolfo Jungers Abib. 

29 de janeiro de 2011

O Professor e o choro

Paulinho da Viola tinha um pai violonista, porém mandou seu filho ir estudar com um amigo quase vizinho Jacob do Bandolim. Esse foi seu grande mestre na arte dos dedos e cordas, Paulo César se apaixonou pelo choro e as composições, e Jacob admirou a seriedade com que o menino se dedicava ao instrumento.
Jacob, fazia parte do conjunto Época de Ouro assim como o pai de Paulinho, fazia saraus em sua casa nos anos 50 e pessoas da política, artes e jornalistas iam ouvir, como Dorival Caymmi, Elizeth Cardoso, Serguei Dorenski, Ataulfo Alves, Paulinho da Viola, Hermínio...

CURIOSIDADE
Uma vez Jacob foi receber um prêmio, quando chegou ao local viu que a plateia era de jovens cabeludos, ele quis desistir da apresentação, seus amigos o convenceram a subir e tocar. E lá foi ele, tocou o choro com que ganhara a medalha e foi aplaudido de pé por aquelas pessoas que ele jamais imaginaria que entendessem e respeitassem sua obra.


DOLENTE 
Aqui um vídeo de um programa Ensaio da TV Cultura como apresentador o nosso ilustre Paulinho da Viola, entrevistando Canhoto da Paraíba que toca uma composição de Jacob do Bandolim.




O Choro nasceu em meados de 1870 no Rio, falavam que era um jeito brasileiro de tocar as músicas dos europeus xote, valsa e principalmente polca além dos africanos como o lundu.
Fui buscar alguma coisa de Polca pra gente comparar com o choro e descobri que era além de um estilo musical também uma dança, fui ver também sobre o lundu e também é um tipo de dança e essa bem sensual.
Realmente nosso choro veio de uma raiz bem dançante e alegre

POLCA



LUNDU 

28 de janeiro de 2011

Deixa o dia raiar!!!

E mais um Carnaval tá chegando...
Dias de encontros, encantos, desencontros até. E também dias tão cantados pela nossa música!
Inspirada pela marchinha do "Agora Vai", revelada na terça, decidi postar esse samba aqui, que além de mostrar seu encanto, é um encontro entre Chico e Nara.
Letra deliciosa! 
E já já:  é Carnaval...




Noite dos Mascarados

Composição: Chico Buarque
 
- Quem é você?
- Adivinha se gosta de mim!
Hoje os dois mascarados
Procuram os seus namorados
Perguntando assim:
- Quem é você, diga logo...
- Que eu quero saber o seu jogo...
- Que eu quero morrer no seu bloco...
- Que eu quero me arder no seu fogo.
- Eu sou seresteiro, poeta e cantor.
- O meu tempo inteiro, só zombo do amor.
- Eu tenho um pandeiro.
- Só quero um violão!
- Eu nado em dinheiro.
- Não tenho um tostão... Fui porta-estandarte, não sei mais dançar...
- Eu, modéstia à parte, nasci prá sambar.
- Eu sou tão menina...
- Meu tempo passou...
- Eu sou Colombina!
- Eu sou Pierrô!
Mas é Carnaval! Não me diga mais quem é você!
Amanhã tudo volta ao normal.
Deixa a festa acabar, deixa o barco correr,
Deixa o dia raiar que hoje eu sou
Da maneira que você me quer.
O que você pedir eu lhe dou,
Seja você quem for, seja o que Deus quiser!
Seja você quem for, seja o que Deus quiser!
Nelson cavaquinho era da policia montada carioca, conseguiu esse emprego por intermédio de seu sogro.
O problema é que ele patrulhava o morro da mangueira com seu cavalo, certa vez ele ficou de conversa com Cartola e largou o cavalo de lado, ele demorou tanto para voltar que seu cavalo (como era normal) voltou sozinho para o batalhão. Ele ficava dias sem ir ao batalhão e quando voltava sempre ficava preso, ele até que estava se acostumando com a vida no xadrex, ele gostava, ficava compondo, a música ¨Entre a cruz e a espada¨ foi uma das que ele compôs no tempo de xadrex no batalhão da polícia montada carioca. No ano de 38, antes de ser expulso da polícia conseguiu dar baixa, nessa época já estava separado da mulher e afastado dos filhos, então entrou de vez na bohemia e resolveu a dedicar-se somente à música, acabou indo morar no morro da mangueira em 52.

Nelson Cavaquinho - Vou Partir

27 de janeiro de 2011

Nelson Antonio da Silva (Nelson Cavaquinho)
Nasceu em 29 de outubro de 1911 no Rio de Janeiro e faleceu em 17 de fevereiro de 1986 na mesma cidade.
Do violonista Juquinha, receberia importantes noções de como tocar cavaquinho. Nesta época, Nelson Cavaquinho cunhou a sua marca e também a maneira peculiar de tocar o instrumento apenas com dois dedos, ganhando, a partir daí, o apelido de Nelson do Cavaquinho. Aos 16 anos, sem dinheiro para comprar o instrumento e pagar um professor, treinava em cavaquinho emprestado. Por essa época, trabalhava, também, como pedreiro e compôs a sua primeira música, o choro "Queda".



25 de janeiro de 2011

A Ginga do Mestre

Desafinas, achei um curta metragem sobre o Pixinguinha e sem dúvida temos que ter em arquivo. O curta é histórico e o tiozinho que gravou é super simpático. Ele é um dos herdeiros da Fototica e conseguiu imagens da banda toda do Pixinguinha no Ibirapuera há mais de 50 anos atrás.

Reparem no jeito de dançar desse pessoal, a roda que formam, os passos e a ginga tem muito de capoeira ali.
Espero que gostem!



Gingando:
Pixinguinha, Donga, Almirante, João da Baiana, Lentini, Alfredinho, Bidê, Benedito Lacerda e Mirim

Dá pra ver o curta em melhor definição no Porta Curtas

Coração Vulgar

Acredito que todo mundo se identifica um pouco com essa letra, ela fala de um coração que não sossega e que vive em constante busca da paixão "coração vulgar". O compositor consegue ser racional sobre um amor fracassado, um drama, ele diz na maior sinceridade "o amor que morre é uma ilusão", como quem diz: não se preocupe querida, não era amor de verdade.

Paulinho tem a lucidez de dizer que poucas pessoas sabem o que é amor, enaltecendo o sentimento,  julga a pessoa com ânsia de afeto merecedoras de seu sofrimento. E por fim dá seu conselho maior PAZ interior.


Olha que interessante a poesia, ele rima tudo menos o refrão:
"Que o amor que morre é uma ilusão,
E uma ilusão deve morrer"

Coração Vulgar

Morre mais um amor num coração vulgar
Deixa desilusão pra quem não sabe amar.
E quem não sabe amar tem que sofrer
Porque não poderá compreender
Que o amor que morre é uma ilusão,
E uma ilusão deve morrer

Um verdadeiro amor nunca fenece
E pouca gente ainda o conhece
Meu bem, se o teu amor morreu,
É porque ninguém o entendeu
Deixa o teu coração viver em paz
O teu pecado foi querer amar demais.

CURIOSIDADE 
A mãe de Paulinho da Viola se chamava Paula e trabalhava como enfermeira em hospícios, uma de suas colegas era uma enfermeira alta bonita e sorridente, que mais tarde seria a tão conhecida Dona Ivone Lara.



Minha Missão

João Nogueira - Rio de Janeiro, 12/11/1941 - Rio de Janeiro, 05/06/2000.
Sua Escola de Samba: Portela. Porém em 1984, ajudou a criar a Escola Tradição, formada por um grupo de dissidentes da Portela. Também fundou o bloco Clube do Samba.

Há duas músicas, preferência de quem vos escreve, que são suas pérolas: Espelho e Minha Missão. No próximo post, algo sobre Além do Espelho...   

Discografia:

(2009) João Nogueira - Especial Programa Ensaio
(2001) Um sonho através do espelho
(2000) Ala de Compositores da Portela
(2000) Esquina carioca • (vários)
(1999) Natal de samba • Velas
(1998) Chico Buarque de Mangueira
(1998) Balaio do Sampaio

(1998) João de todos os sambas
(1995) Chico Buarque - letra e música 

(1995) Clara Nunes com vida
(1994) Parceria 
(1992) Além do espelho
(1988) João 
(1986) João Nogueira
(1985) De amor é bom
(1984) Pelas terras do Pau-Brasil
(1984) Partido alto nota 10
(1983) Bem transado
(1982) O homem dos quarenta
(1981) Wilson, Geraldo e Noel
(1980) Na boca do povo
(1979) Clube do Samba
(1978) Vida boêmia
(1978) Os maiores sucessos de João Nogueira
(1977) Espelho
(1975) Vem quem tem
(1974) E lá vou eu
(1972) João Nogueira








24 de janeiro de 2011

Morte e Vida Severina

João Cabral de Melo Neto (1920/1999)
Em 1965, a pedido de então diretor do TUCA, Roberto Freire, Chico musicou alguns poemas de João Cabral de Melo Neto, da obra MORTE E VIDA SEVERINA. Para a montagem da peça, apresentada em 1968, apenas 2 composições são de autoria de Chico (Mulher na janela e Funeral de um lavrador), as outras são os poemas musicados.   

Da obra de João Cabral, aqui abaixo a Introdução, que apresenta o personagem, o retirante Severino, ao leitor:

cartaz da montagem



"— O meu nome é Severino,
como não tenho outro de pia.
Como há muitos Severinos,
que é santo de romaria,
deram então de me chamar
Severino de Maria
como há muitos Severinos
com mães chamadas Maria,
fiquei sendo o da Maria
do finado Zacarias.


Mais isso ainda diz pouco:
há muitos na freguesia,
por causa de um coronel
que se chamou Zacarias
e que foi o mais antigo
senhor desta sesmaria.

Como então dizer quem falo
ora a Vossas Senhorias?
Vejamos: é o Severino
da Maria do Zacarias,
lá da serra da Costela,
limites da Paraíba.

Mas isso ainda diz pouco:
se ao menos mais cinco havia
com nome de Severino
filhos de tantas Marias
mulheres de outros tantos,
já finados, Zacarias,
vivendo na mesma serra
magra e ossuda em que eu vivia.

Somos muitos Severinos
iguais em tudo na vida:
na mesma cabeça grande
que a custo é que se equilibra,
no mesmo ventre crescido
sobre as mesmas pernas finas
e iguais também porque o sangue,
que usamos tem pouca tinta.

E se somos Severinos
iguais em tudo na vida,
morremos de morte igual,
mesma morte severina:
que é a morte de que se morre
de velhice antes dos trinta,
de emboscada antes dos vinte
de fome um pouco por dia
(de fraqueza e de doença
é que a morte severina
ataca em qualquer idade,
e até gente não nascida).

Somos muitos Severinos
iguais em tudo e na sina:
a de abrandar estas pedras
suando-se muito em cima,
a de tentar despertar
terra sempre mais extinta,

a de querer arrancar
alguns roçado da cinza.
Mas, para que me conheçam
melhor Vossas Senhorias
e melhor possam seguir
a história de minha vida,
passo a ser o Severino
que em vossa presença emigra.


pra saber mais do poeta



Samba e Amor (de 66)





Ah, o amor!



"Amanhã, ninguém sabe

No peito de um cantador

Mais um canto sempre cabe

Eu quero cantar o amor

Eu quero cantar o amor

Antes que o amor acabe."

da canção - "Amanhã ninguém sabe", 1966. 

Esperando...



Pedro Pedreiro

Pedro pedreiro penseiro esperando o trem
Manhã parece, carece de esperar também
Para o bem de quem tem bem de quem não tem vintém
Pedro pedreiro fica assim pensando

Assim pensando o tempo passa e a gente vai ficando prá trás
Esperando, esperando, esperando, esperando o sol esperando o trem, esperando aumento desde o ano passado para o mês que vem

Pedro pedreiro penseiro esperando o trem
Manhã parece, carece de esperar também
Para o bem de quem tem bem de quem não tem vintém
Pedro pedreiro espera o carnaval

E a sorte grande do bilhete pela federal todo mês
Esperando, esperando, esperando, esperando o sol
Esperando o trem, esperando aumento para o mês que vem
Esperando a festa, esperando a sorte
E a mulher de Pedro, esperando um filho prá esperar também

Pedro pedreiro penseiro esperando o trem
Manhã parece, carece de esperar também
Para o bem de quem tem bem de quem não tem vintém

Pedro pedreiro tá esperando a morte
Ou esperando o dia de voltar pro Norte
Pedro não sabe mas talvez no fundo espere alguma coisa mais linda que o mundo
Maior do que o mar, mas prá que sonhar se dá o desespero de esperar demais
Pedro pedreiro quer voltar atrás, quer ser pedreiro pobre e nada mais, sem ficar
Esperando, esperando, esperando, esperando o sol
Esperando o trem, esperando aumento para o mês que vem
Esperando um filho prá esperar também
Esperando a festa, esperando a sorte, esperando a morte, esperando o Norte
Esperando o dia de esperar ninguém, esperando enfim, nada mais além
Da esperança aflita, bendita, infinita do apito de um trem
Pedro pedreiro pedreiro esperando
Pedro pedreiro pedreiro esperando
Pedro pedreiro pedreiro esperando o trem
Que já vem...
Que já vem
Que já vem
Que já vem
Que já vem
Que já vem

Ainda do primeiro disco, CHICO BUARQUE DE HOLLANDA, essa canção inaugura a experimentação dos texto nas letras de Chico, o estilo de brincar com os fonemas e as metáforas. Além disso, já apresenta sua crítica social, que o acompanharia em toda sua obra.    

Curiosidade sobre essa canção:
Chico certa vez deixou de participar de alguns programas populares de televisão e teve problemas com o Chacrinha, apresentador do PROGRAMA DO CHACRINHA, de Rede Globo, pois este teria feito uma piada com a letra da canção Pedro Pedreiro, ao ouvir o ensaio. Irritado, Chico foi embora e nunca se apresentou no programa. Porém tempos depois, na mesma emissora aceitou o convite de fazer ele mesmo um programa de tv, o CHICO E CAETANO.

23 de janeiro de 2011

Influências e Parcerias

Chico iniciou sua carreira em 1965, lançando seu primeiro LP (lembram-se dessa expressão?) em 1966. 
São consideradas algumas influências em sua obra, além das inúmeras parcerias:



vinícius, tom e chico
ismael silva

edu lobo, chico e gal

paulinho da viola e chico

edu lobo e chico

chico e milton

Para afinados... Nara Leão

Nara Leão - 19/1/1942 Vitória, ES - 7/6/1989 Rio de Janeiro, RJ
Em breve, mais notas sobre vida & obra da cantora!
Algumas das ótimas canções interpretadas por Nara...



*Morena do Mar
Composição: Dorival Caymmi 

Ô morena do mar, oi eu, ô morena do mar
Ô morena do mar,sou eu que acabei de chegar
Ô morena do mar

Eu disse que ia voltar
Ai,eu disse que ia chegar,
Cheguei

Ô morena do mar, oi eu, Ô morena do mar
Ô morena do mar,sou eu que acabei de chegar
Ô morena do mar
Eu disse que ia voltar
Ai,eu disse que ia chegar,
Cheguei

Para te agradar
Ai,eu trouxe os peixinhos do mar
Morena
Para te enfeitar,
Eu trouxe as conchinhas do mar
As estrelas do céu
Morena
E as estrelas do mar
Ai,as pratas e os ouros de Iemanjá
Ai,as pratas e os ouros de Iemanjá

*Pranto De Poeta
Composição: Nelson Cavaquinho / Guilherme de Brito

Em Mangueira quando morre um poeta
todos choram
Vivo Tranquilo em Mangueira por que
sei que alguém há de chorar quando eu morrer

Mas o pranto em Mangueira é tão diferente
é um pranto sem lenço que alegra a gente
Ei de ter um alguém pra chorar por mim
atráves de um pandeiro e de um tamborim


*Acender as Velas
Composição: Zé Kéti

Acender as velas
Já é profissão
Quando não tem samba
Tem desilusão
É mais um coração
Que deixa de bater
Um anjo vai pro céu
Deus me perdoe
Mas vou dizer
O doutor chegou tarde demais
Porque no morro
Não tem automóvel pra subir
Não tem telefone pra chamar
E não tem beleza pra se ver
E a gente morre sem querer morrer

*Recado
Composição: Paulinho da Viola / Casquinha

Leva o recado
a quem me deu tanto desabor
dia que eu vivo bem melhor assim
e que no passado fui
um sofredor
e agora já não sou
o que passou, passou (2x)
Vá dizer à minha ex amada
Que é feliz meu coração
Mas que nas minhas madrugadas
Eu não me esqueço dela não
Leva o recado
a quem me deu tanto desabor
dia que eu vivo bem melhor assim
e que no passado fui
um sofredor
e agora já não sou
o que passou, passou
e agora já não sou
o que passou, passou
e agora já não sou
o que passou, passou


*Malvadeza Durão
Composição: Zé Keti

Mais um malandro fechou o paletó
Eu tive dó, eu tive dó
Quatro velas acesas em cima de uma mesa
E uma subscrição para ser enterrado
Morreu Malvadeza Durão
Valente, mas muito considerado
Céu estrelado, lua prateada
Muitos sambas, grandes batucadas
O morro estava em festa quando alguém caiu
Com a mão no coração, sorriu
Morreu Malvadeza Durão
E o criminoso ninguém viu.


*Olê, Olá
Composição: Chico Buarque

Não chore ainda não
Que eu tenho um violão
E nós vamos cantar
Felicidade aqui
Pode passar e ouvir
E se ela for de samba
Há de querer ficar

Seu padre toca o sino
Que é pra todo mundo saber
Que a noite é criança
Que o samba é menino
Que a dor é tão velha
Que pode morrer
Olê olê olê olá
Tem samba de sobra
Quem sabe sambar
Que entre na roda
Que mostre o gingado
Mas muito cuidado
Não vale chorar

Não chore ainda não
Que eu tenho uma razão
Pra você não chorar
Amiga me perdoa
Se eu insisto à toa
Mas a vida é boa
Para quem cantar

Meu pinho, toca forte,
Que é pra todo mundo acordar
Não fale da vida
Nem fale da morte
Tem dó da menina
Não deixa chorar
Olê olê olê olá
Tem samba de sobra
Quem sabe sambar
Que entre na roda
Que mostre o gingado
Mas muito cuidado
Não vale chorar

Não chore ainda não
Que eu tenho a impressão
Que o samba vem aí
E um samba tão imenso
Que eu ás vezes penso
Que o próprio tempo
Vai parar pra ouvir

Luar, espere um pouco
Que é pro meu samba poder chegar
Eu sei que o violão
Está fraco, está rouco
Mas a minha voz
Não cansou de chamar
Olê olê olê olá
Tem samba de sobra
Ninguém quer sambar
Não há mais quem cante
Nem há lugar mais lugar
O sol chegou antes
Do samba chegar
Quem passa nem liga
Já vai trabalhar
E você, minha amiga
Já pode chorar

*Maria Joana
Composição: Sidney Miller

Não faz feitiço quem não tem um terreiro
Nem batucada quem não tem um pandeiro
Não vive bem quem nunca teve dinheiro
Nem tem casa pra morar
Não cai na roda quem tem perna bamba
Não é de nada quem não é de samba
Não tem valor quem vive de muamba
Pra não ter que trabalhar
Eu vou procurar um jeito de não padecer
Porque eu não vou deixar a vida sem viver

Mas acontece que a Maria Joana
Acha que é pobre, mas nasceu pra bacana
Mora comigo, mesmo assim não me engana
Ela pensa em me deixar
Já decidiu que vai vencer na vida
Saiu de casa toda colorida
Levou dinheiro pra comprar comida
Mas não sei se vai voltar
Eu vou perguntar: Joana, o que aconteceu?
Dinheiro não faz você mais rica do que eu.


*Ta-Hí (Pra você gostar de mim)
Composição: Joubert de Carvalho

Taí, eu fiz tudo pra você gostar de mim.
Ai meu bem, não faz assim comigo não!
Você tem, você tem que me dar seu coração!
Meu amor, não posso esquecer,
Se dá alegria faz também sofrer.
A minha vida foi sempre assim:
Só chorando as mágoas que não têm fim.
Essa história de gostar de alguém
Já é mania que as pessoas têm.
Se me ajudasse Nosso Senhor,
Eu não pensaria mais no amor.


*Pisa na fulô
Composição: João do Vale, Silveira Júnior e Ernesto Pires

Pisa na fulô, pisa na fulô
Pisa na fulô, não maltrata meu amô

Um dia desse fui dançá lá em Pedreira
Na rua da Golada e gostei da brincadeira
Zé Caxangá era o tocado
Mas só tocava pisa na fulô

Sô Serafim cuchichava a Marvió
Sô capaz de jurá que eu nunca vi forró miól
Inté vovó garrô na mão de vovô
Vão'bora, meu veinho, pisa na fulô

Eu vi menina qui nem tinha doze ano
Agarrá seu par, também sair dançando
Satisfeita e dizendo
Meu amô, ai como é gostoso pisa na fulô

De madrugada Zeca Caxangá
Disse ao dono da casa
Num precisa me pagá
Mas por favô, arranje outro tocadô
Que eu também quero pisa na fulô

Corrente

22 de janeiro de 2011

O samba dengoso

“O samba carioca tem uma forma especial, uma malícia de ritmo que obedece a um sincopado que nada tem a ver com o remelexo do samba baiano”.

O remelexo, a que Caymmi se refere, nada mais é do que o "dengo"da Bahia...explicado por ele mesmo:

“Não sei de palavra tão bonita quanto ‘dengo’. Dengo... Denguice... dengosa... Palavras que dizem muita coisa... O sol do Nordeste, aquele calor das tardes pedindo rede e água de coco, pedindo cafuné e dando ao corpo certa moleza gostosa, produz o dengo, que por vezes está apenas no quebranto de um olhar, às vezes na modulação da voz terna, de súbito no gesto, como um convite. Não sei definir certas mulheres senão pelo dengo que possuem”.

Com seu jeito baiano de ser, Caymmi escrevia seus sambas...

O dengo que a nega tem
Dorival Caymmi

É dengo, é dengo, é dengo, meu bem
É dengo que nega tem
Tem dengo no remelexo, meu bem
Tem dengo no falar também

Quando se diz que no falar tem dengo
Tem dengo, tem dengo, tem dengo tem
Quando se diz que no andar tem dengo
Tem dengo, tem dengo, tem dengo tem
Quando se diz que no sorrir tem dengo
Tem dengo, tem dengo, tem dengo tem
Quando se diz que no sambar tem dengo
Tem dengo, tem dengo, tem dengo tem
É dengo, é dengo, é dengo, meu bem
É dengo que nega tem
Tem dengo no remelexo, meu bem
Tem dengo no falar também

Quando se diz que no bulir tem dengo
Tem dengo, tem dengo, tem dengo tem
Quando se diz que no cantar tem dengo
Tem dengo, tem dengo, tem dengo tem
Quando se diz que no olhar tem dengo
Tem dengo, tem dengo, tem dengo tem

É no mexido, é no descanso, é no balanço
É no jeitinho requebrado que essa nega tem
Que todo mundo fica enfeitiçado
E atrás do dengo dessa nega todo mundo vem

O maior parceiro

"Ninguém fez tanta música comigo quanto ele, e ninguém fez tanta música com ele quanto eu", decreta Elton Medeiros sobre Paulinho da Viola

Elton Medeiros vivia cantando em samba de rodas onde ele era sempre o mais velho, adorava Paulinho 12 anos mais novo, compôs muitas músicas com ele como Recomeçar de 1979. A melodia deles tem um sobe e desce que vai junto com o sentimento que a letra está contando.

  
O grande marco de 1965 foi o Espetáculo Rosa de Ouro com cinco jovens representantes do "samba de raiz":
  • Elton Medeiros
  • Paulinho da Viola
  • Nelson Sargento
  • Anescarzinho do Salgueiro  
  • Jair do Cavaquinho
  • Araci Cortes
  • Clementina de Jesus revelada ao público aos 63 anos.



Recomeçar
Do que restou de uma paixão
Voltar de novo à mesma dor sem razão
Guardar no peito a mágoa sem reclamar
Acreditar no Sol da nova manhã
Dizer adeus e renunciar
Vestir a capa de cobrir solidão
Para poder chorar

Somente o tempo faz a gente lembrar
Do sofrimento que não quis perdoar
E todo o mal reprimido
Pode, afinal, nos deixar
A vida tem seu renascer de uma dor
Toda ferida um dia tem que fechar
E quem secou esse pranto
Pode novamente amar