27 de fevereiro de 2011

Indicações de Filmes de Samba

Desafinados,

Ontem encontrei um amigo, Pedro Dantas, que me entregou o catálogo do Festival de Cinema da Zona Leste. O festival dedicou alguns filmes da mostra ao samba ("Samba na Tela"). Aproveitei para compartilhar com vocês. Postei prévias ou quase o filme todo nas páginas dos compositores, se quiserem dar uma olhadinha...Viva o cinema e o samba!

* Batatinha Poeta do Samba
Um filme de Marcelo Rabelo
(Bahia, Brasil, 2008, 30')
Veja o trailer em Batatinha

* Geraldo Filme
Um filme de Carlos Cortez
(São Paulo, Brasil, 1998, 52')
Veja histórias contadas por ele em Geraldo Filme.

* Martinho da Vila Paris 1977
Um filme de Ari Cândido
(Rio de Janeiro, Brasil e Paris, França, 1977, 8')
Veja filme em Martinho da Vila

* Coruja
Um filme de Márcia Derraik e Simplício Neto
(Rio de Janeiro, Brasil, 2001, 15')
Veja trecho em Bezerra da Silva

* Partido Alto
Um filme de Leon Hirszman
(Rio de Janeiro, Brasil, 1982, 22')
Veja filme em Partido Alto

Partido Alto

Partido Alto
Um filme de Leon Hirszman
(Rio de Janeiro, Brasil, 1982, 22')



Coruja

Coruja
Um filme de Márcia Derraik e Simplício Neto
(Rio de Janeiro, Brasil, 2001, 15')

Trecho:

Martinho da Vila Paris 1977

Martinho da Vila Paris 1977
Um filme de Ari Cândido
(Rio de Janeiro, Brasil e Paris, França, 1977, 8')

Histórias de Geraldo Filme

Indicação de filme:
Geraldo Filme
Um filme de Carlos Cortez
(São Paulo, Brasil, 1998, 52')

Programa Ensaio - Geraldo Filme, contando história:

Trailer de Batatinha Poeta do Samba

Batatinha Poeta do Samba
Um filme de Marcelo Rabelo
(Bahia, Brasil, 2008, 30')

Veja o trailer:


Conheça mais sobre Batatinha:

18 de fevereiro de 2011

Samba Enredo

Com muito CARNAVAL na cabeça não podia deixar de fuçar samba enredo do Paulinho da Viola, achei o Memória de um Sargento de Milícias, marcante pois a Portela ganhou o Carnaval de 1966 com ele.

Martinho da Vila, que você ouve aí, gravou Memória de um Sargento de Milícias, que levou também o nome do disco em 1971. Eu procurei os créditos, mas não achei o disco que só tem em vinil, mas acho que é o Paulinho e os Quatro Crioulos no coro, não é?

O samba enredo tem 45 versos e recebeu nota máxima dos jurados!
A ala das compositoras tem a moral? rs rs...


16 de fevereiro de 2011

Marchinhas 2011

Gente sem muito luxo nem critéio vai, é só pra nóis decorar a melodia,...afinal nóis desafina mas anima!
A idéia é a gente cantar três nossas e mais três conhecidas, agente pode escolher na quinta!


DESAFINA MEU BEM


Se você desafina ao cantar
se você canta ao desafinar

Refrão 2x
 
Desafina meu bem, mas anima e vem
no carnaval noís desafina aqui também


Nasceu na Turiassú
com capoeira e samba de roda
lá no bar do Cabelo
somos os filhos de Angola

Refrão 2x

Afinando o passo
a letra e o compasso
sem descuidar da melodia
somos o bloco da alegria

__________________________________________________________________


BRANQUINHA
 
Refrão 2x

Ai, ai ai ai
Tô passando mal
não encontrei a branquinha
no dia do carnaval

CADÊ A BRANQUINHA (TÚ, TÚ TÚ TÚ TÚ)
CADÊ A BRANQUINHA (TÚ, TÚ TÚ TÚ TÚ)

Eu pedi um copo
mas o jeito é sai no bloco
enquanto a branquinha não vem
eu vou sambando com meu bem
ai ai ai

__________________________________________________________________


DA VÉIA
 
Refrão 2x
Eu precisava de um surdo pra tocar
peguei a véia e pus no seu lugar

A véia queria ver novela
mas resolveu acende uma vela
Pediu ao santo pro pandeiro se calar
e a santidade começo samba
Refrão 2x
A véia se animou
as cadeira chacoalhou
E arrumou um grande amooooor

13 de fevereiro de 2011

Para que os dias sejam melhores

Segundo Wernec, essa música só pôde ser gravada com a substituição do termo "titica" por "coisica" e "brasileiro" por "batuqueiro". Nesse episódio, um censor com ar britânico e o último best seller de Mario Puzo na mão, puxou a orelha de Chico: "Como é que você, que fez uma música bonita como CONSTRUÇÂO,  agora vem com esta falando em titica e saco cheio?" 

Essa música de Chico Buarque, gravada em 1972, e imortalizada no show/disco que “Caetano & Chico - juntos e ao vivo”, gravado no Teatro Castro Alves, em 10 e 11 de novembro de 1972.





Partido Alto

Diz que deu
Diz que dá
Diz que Deus dará
não vou duvidar, ó nega
E se Deus não dá
Como é que vai ficar, ó nega
Deus dará, Deus dará
Diz que deu diz que dá
Diz que Deus dará
Não vou duvidar, ó nega
E se Deus negar
Eu vou me indignar e chega
Deus dará Deus dará
Diz que Deus
Diz que dá
Diz que Deus dará
Não vou duvidar, ó nega
E se Deus negar
Eu vou me indignar e chega
Deus dará, Deus dará
Diz que Deus dará
Não vou duvidar, oh nega
E se Deus negar
eu vou me indignar e chega
Deus dará, Deus dará
Deus é um cara gozador
Adora brincadeira
Pois pra me jogar no mundo
Tinha o mundo inteiro
Mas achou muito engraçado me botar cabreiro
Na barriga da Miséria
nasci brasileiro
Eu sou do Rio de Janeiro
Diz que deu
Diz que dá
Diz que Deus dará
E se Deus não dá, ó nega
Como é que vai ficar, ó nega
Deus dará, Deus dará
Diz que Deus
Diz que dá
Diz que Deus dará
Não vou duvidar, ó nega
E se Deus negar
Eu vou me indignar, e chega
Deus dará, Deus dará
Jesus Cristo ainda me paga, um dia ainda explica
Como é que pôs no mundo essa pouca titica
Vou correr o mundo afora, dar uma canjica
Que é pra ver se alguem se amarra ao ronco da cuica
E aquele abraço pra quem fica
Diz que Deus
Diz que dá
Diz que Deus dará
E se Deus não dá, ó nega
Como é que vai ficar, ó nega
Deus dará, Deus dará
Diz que Deus
Diz que dá
Diz que Deus dará
Não vou duvidar, ó nega
E se Deus negar
Eu vou me indignar. e chega
Deus dará, Deus dará
Deus me deu mão de veludo,pra fazer carícia
Deus me deu muita saudade e muita preguiça
Deus me deu perna comprida e muita malícia
Pra correr atrás de bola e fugir da polícia
Um dia ainda sou noticia
Diz que Deus
Diz que dá
Diz que Deus dará
Não vou duvidar, ó nega
E se Deus não dá
Como é que vai ficar, ó nega
Deus dará, Deus dará
Diz que Deus
Diz que dá
Diz que Deus dará
Não vou duvidar, ó nega
E se Deus negar
Eu vou me indignar, e chegar
Deus dará, Deus dará
Deus me fez um cara fraco, desdentado e feio
Pele e osso simplesmente, quase sem recheio
Mas se alguém me desafia e bota a mãe no meio
Dou pernada três por quatro, e nem me despenteio
que eu já tô de saco cheio.





9 de fevereiro de 2011

Curiosidades. Sobre Noel Rosa.

Esta é uma história contada por Nássara, caricaturista com um traço inconfundível, e compositor de várias músicas, entre elas, a famosa marchinha Ala-la-ôôÔ, Mas que calôôôô, que foi contemporâneo e amigo de Noel Rosa e que, como o poeta da Vila, estaria fazendo 100 anos por agora.

Conta Nássara, que encontrando Noel, às 9 horas da manhã, em um buteco da Vila Isabel, com uma cerveja, (copo e garrafa), e na mesma mesa um copo de conhaque, admirou-se, pelo fato de Noel estar bebendo, apenas um dia após ter recebido alta de um sanatório, onde tratava de uma crise aguda de tuberculose. Nássara, não se contendo, passa-lhe uma compostura, ao que Noel rebate, dizendo que cerveja nunca foi bebida alcoólica. Trata-se de um alimento preciosíssimo, com carboidratos, cereais, etc, e que os egípcios já a chamavam de "Pão Líquido". E por aí a fora, Noel fez apologia da importância da cerveja como alimento durante mais de 15 minutos.Nássara, já convencido, pergunta a Noel: - Tá bom, Noel....a cerveja é um alimento...Mas, e esse conhaque aí do lado??Noel, pega o copo de brandy, levanta até a altura dos olhos e responde:- Ahh! Nássara, eu não sei comer sem beber alguma coisa..!!!.

8 de fevereiro de 2011

O primeiro samba

Considerado o primeiro samba brasileiro...Observem o Chico Buarque, que alegria! Parece nóis começando, hehehe...

2 de fevereiro de 2011

Rainha do Mar


A paixão de Caymmi pelo mar é evidente. Muitas de suas canções são dedicadas a ele. E como não podia deixar de ser, nosso cancionista fez algumas músicas à Iemanjá. E para abençoar o dia, aí vai nossa (minha e de Caymmi, hehe) homenagem a nossa Rainha do Mar.

Ps. O vídeo não tem nada demais, o que vale mesmo é ouvir Dorival...




"Dia dois de fevereiro
Dia de festa no mar
Eu quero ser o primeiro
A saudar Iemanjá
Dia dois de fevereiro
Dia de festa no mar
Eu quero ser o primeiro
A saudar Iemanjá
Escrevi um bilhete a ela
Pedindo pra ela me ajudar
Ela então me respondeu
Que eu tivesse paciência de esperar
O presente que eu mandei pra ela
De cravos e rosas vingou
Chegou, chegou, chegou
Afinal que o dia dela chegou
Chegou, chegou, chegou
Afinal que o dia dela chegou"

1 de fevereiro de 2011

O Samba

Olha a academia subindo o morro aí gente! Ou será o morro chegando à academia???
Sei não, mas achei esse trabalho, bem legal, com algumas informações sobre Samba e Capoeira. Vou dividir aqui.  

"Como sabemos, as tradições herdadas do continente africano influenciam boa parte de
nossas manifestações populares. Esse é o caso do samba, cujo paralelo com a capoeira revela serem ambas, duas das mais significativas manifestações das formas populares de
aprendizagem da cultura.
O samba é uma manifestação afro-brasileira das mais importantes, considerado inclusive por muitos, como símbolo maior de nossa cultura, e que, ao lado da capoeira, dizem de um campo de tradição e de saber.
Gênero de música urbana, o samba surge e fixa-se, segundo José Ramos Tinhorão (1997), num espaço de 60 anos que vai de 1870 (quando a decadência do café no Vale do Paraíba começa a liberar mão de obra escrava destinada a engrossar as camadas populares do Rio de Janeiro) até 1930 (quando uma classe média urbana gerada pelo processo de industrialização anuncia a sua presença com o Estado Novo). O que havia até então, era a música operística da elite, que eventualmente cultivava a valsa e a modinha, além dos “...gêneros estrangeiros das polcas, shotishes e quadrilhas, importados para o uso das camadas médias e ‘populares’, e, finalmente, o batuque, de sabor africano, exclusivo de negros que formavam o grosso da camada mais baixa, mas aos quais não se podia chamar de povo”(p.17).
O samba nasce, segundo Tinhorão, como necessidade dos ranchos, blocos e cordões, grupamentos que começavam a aparecer quando o carnaval ganhou um sentido de diversão coletiva em razão do processo de urbanização crescente da cidade do Rio de Janeiro. Fazia-se necessário um ritmo próprio, mais adequado ao “...passo lento e cadenciado das procissões desvairadas desses grupamentos”(p.18).
Muitos desses grupos foram fundados, segundo o autor, por negros baianos de Salvador
e do Recôncavo, que migravam para o sudeste em busca de trabalho, e traziam consigo, na bagagem, toda a cultura rítmica e melódica que se fazia presente naquelas regiões, influência das diversas manifestações afro-brasileiras que se amalgamavam no grande caldeirão cultural representado pela Bahia durante esse período, como também em períodos anteriores e posteriores."

Fonte: Pedro Rodolfo Jungers Abib.